CAPÍTULO 3 NARA E LUÍS

Passei por poucas e boas no Canadá, fui feliz, enquanto estive do lado do homem que amei, retornar não estava nos meus planos, mas aqui tenho os meus amigos que posso contar com eles todas as horas que precisar, Richard e Luís, falando nele ele já está aqui me esperando, ele me abraça com tanta saudade, não acredito que ele ainda é apaixonado por mim, e sim ele afirmou que ainda é louco por mim.

Levo na brincadeira cada investida dele, ele se tornou um homem lindo e charmoso, meu pai sempre me perguntava qual deles era meu namorado, Luís ou Richard, sempre tive que me explicar que eles eram apenas amigos, fiz uma visita à empresa ao Alfredo de surpresa e lá pude conhecer a sua secretária Natália que é maravilhosa, ela olha o meu irmão com ternura, já tive esse olhar apaixonado também um dia, visitei toda a empresa, recebo o convite de Alfredo, para administrar as empresas do meu pai com ele, mais estou fora, desde que perdi Bryan não paro em um lugar só.

Os meus dias é uma correria, estou tentando organizar os últimos ajustes da inauguração da ONG, graças a deus foi tudo um sucesso, conseguimos levar assistência a inúmeras mulheres, o meu super-homem que é o Luís conseguiu dobrar o carrasco do seu irmão Álvaro para ele me dar apoio e falando nele, ele aparece na minha casa trazendo vinho e comida.

– Olha o super-homem. – digo sorrindo.

– Sério que irá ficar me chamando desse apelido ridículo que o Richard ousou me batizar com ele.

– Não está mais aqui quem falou, vocês irão me acompanhar amanhã, temos que escolher as mulheres para o ensaio fotográfico das empresas de vocês.

– Vou, sim, Richard confirmou que irá também.

– Obrigada por tudo, Luís.

Ele me abraça, sinto paz quando abraço ele, Luís não existe.

– Viu que até o nosso abraço é um encaixe perfeito.

– É melhor irmos jantar que estou com fome, – Desconverso e me desfaço do abraço dele.

Jantamos e quando terminamos fomos a casa dos pais de Luís visitá-los e quando chego lá sou tratada como uma rainha, eles me adoram, Luís tem três irmãos, ele é o romântico safado, Álvaro o carrasco exigente, o caçula é o Taylon estudioso, muito educado doce e lindo, um amor de pessoa. Os pais de Luís torcem para que eu case com ele, converso com o casal enquanto ele j**a videogame com Taylon tomo vinho, a energia dessa família é sem igual, confesso que esqueci até do que passei, Luiza pede para eu dormir aqui, mas não aceitei.

Luís me levou de volta para casa, eu desço do carro, ele chega perto demais, tento entrar no jogo de sedução dele, ele olha a minha boca, mordendo seus lábios.

– É melhor eu entrar, Luís.

– Nara namora comigo, me dá uma chance?

– Não confunda as coisas por favor.

– Eu já entendi, Nara, não precisa repetir.

Ele foi para a sua casa, achei melhor fugir dele, entro dentro de casa e fui para o chuveiro, nunca tive relações sexuais com ninguém, mas sei o que é sentir atração por alguém.

MESES SE PASSARAM.

Mesmo Luís sabendo que entre nos não poderá haver nada ele ainda investe em mim, é incrível como ele não desiste, conhecemos Natália e Ana, que vão ser as nossas modelos, ele aproveitou, colou em Natália para irritar o meu irmão Alfredo que morre de ciúmes dela, isso tudo porque Luís já ficou com uma ex namorada do meu irmão, estou adorando essa zona toda, e Richard está de olho em Ana, mas ele nem sonha com o tamanho das cicatrizes que essa mulher carrega, me identifico com ela, para se vingar do meu irmão pedi a Luís que colocasse a foto de Natália no outdoor maior que tivesse e no mesmo trajeto que ele faz todo dia para o trabalho, só não imaginei que ele ia bater o carro, daí ele começou a dar valor a sua amada, fizemos o ensaio de Ana também o Richard ficou mais interessado nela, acho que vim somente unir casais por aqui.

Meus pais voltaram, eu sofro a mesma pressão que Alfredo sofreu, o sonho do meu pai é que assuma a empresa com meu irmão, e a minha mãe que eu namore o Luís, o sonho dela, mas faço questão de dizer a eles que não quero, apesar de todos concordar que somos feitos um para o outro, tudo mudou muito com o tempo.

Minha situação com Luís nem sei o que somos mais, vivemos tendo DR, aos longos dos dias ele tem se declarado cada vez mais e isso tem me tirado do sério, Richard falou que ele chora por mim, tudo o que eu menos queria nessa vida era ver alguém sofrendo por mim, sei que ele se faz de durão, mas por trás de todo aquele tamanho tem uma alma linda, eu amo o jeito dele, é extrovertido, nos damos muito bem, mas sempre fui sincera e tive que falar francamente que somos apenas amigos, o deixando muito triste.

No casamento de Alfredo ele nem falou comigo, me deixou de lado, dançou somente com Natália, Ana me fez companhia e comentou sobre Richard, ter tentado algo com ela, mas ela não se permite viver esse relacionamento, eu mesma ainda faço terapia e ainda não aceitei a morte do meu único amor, quem dirá Ana coitada que passou por vários traumas, uma hora ou outra terei que me abrir com Luís para que ele possa me entender.

LUÍS

Pensei que seria mais fácil conquistar Nara, cada dia que passa entendo mais que ela não quer, eu só queria que ela me desse uma chance, para provar posso ser mais que um amigo, mas foi em vão, nunca tive vergonha de dizer o quanto sou louco por ela, mesmo aceitando que somos só amigos, me afastei um pouco, eu não sei mais o que fazer para esquecê-la, sempre voltando a estaca zero, bebi um porre na noite dos meninos na casa de James, por causa dela, mas ainda continuamos a trocar ofensas, até Natália já percebeu que temos sempre umas DR de casal, ocasionalmente nos encontramos, afinal temos projetos juntos o outro porre foi numa boate depois dela ter falado na minha cara que o que eu sentia por ela não era amor, é uma doença, evitei ela na boate, ela apareceu e me levou bêbado para casa e eu chorei feito um bobo na frente dela e resolvi dá um basta naquela situação minha com a Nara, me afastei só falo se ela falar comigo, se ela quer ir embora, e não posso fazer nada, doeu demais ouvir da boca de Nara que ela não me ama, que ela não pode corresponder ao meu amor. Eu que pensava seriamente em aposentar a minha carreira como cirurgião, só aumentei mais ainda a minha carga de trabalho, não quero ter tempo para pensar nela, não quero saber o dia da sua partida, chega de levar um não atrás do outro. Richard aparece no hospital.

– Luís está ficando louco? Não apareceu mais, está quase morando aqui no hospital.

– Estou trabalhando, preciso me ocupar mais.

– Cara, quero o seu bem irmão, Nara se sente culpada por te ver assim distante, frio você não é assim.

– Estou dando um tempo Richard, eu preciso respirar, sabe, e o trabalho me traz um pouco isso.

Nós despedimos, fiz as cirurgias dos meus pacientes, quando saio do centro cirúrgico, estou exausto, e Nara me aparece.

– Luís

Olho para trás, fico em silêncio me virando para ela.

– Boa noite, Nara.

– Quero conversar com você pode ser.

– Aonde quer conversar? Eu estava indo para casa.

– Pode ser na sua casa.

Ela vem embora comigo, entramos no condomínio, peço ela para me aguardar um pouco enquanto eu, tomo um banho e quando desço as escadas, ela brinca com o meu cachorro.

– Luís não sabia que estava criando um cachorro como ele é dócil.

– Nara o que você quer conversar?

– Vim te pedir perdão, estou muito mal por te ver longe, você é muito importante para mim.

– Quem te deve perdão sou eu por insistir, todo esse tempo, que você me amasse como homem, de verdade, Nara, desculpa! Nossa amizade não acabou, eu precisei desse tempo entende, para respirar.

– Quero te contar algo, eu me apaixonei por um homem Luís, nesse tempo em que eu estive fora, éramos como unha e carne, eu o perdi, ele foi dado como morto, e a família dele me culpa por tudo o que aconteceu com ele, eu sofri tanto, eu não consigo me libertar desse luto, minha terapeuta pediu que eu refizesse a minha vida, mas eu não consigo, eu só estou abrindo o meu coração para que você entenda o porquê eu não consigo corresponder o seu amor e por que nunca te dei uma chance.

– Eu não posso te julgar Nara, eu não posso dizer nada, eu não sabia, eu só te peço perdão por ser invasivo, ter forçado a barra, quer uma água?

– Sim, por favor, Luís eu preferia você como antes, não assim frio, você foge de mim.

– Continuo do mesmo jeito, só estou te respeitando, só você pode se permitir a viver outra vez, eu infelizmente já fiz o que pode.

Ela senta perto de mim, nos olhamos olhos nos olhos, ali naquele sofá dava para ouvir o som dos nossos corações que batia rapidamente, não conseguia me afastar daqueles olhos que me diziam algo ela fechou os olhos e me beijou, e nossas línguas se encontraram, se encaixando perfeitamente em um beijo com sede de desejo, quanto mais nos beijávamos, mais vontade surgia, puxo o seu corpo ao encontro do meu corpo, sentando ela por cima de mim, meu membro roça em sua intimidade aperto as suas coxas enquanto desço beijos pelo seu pescoço a minha mão afasta de lado a sua calcinha, os meus dedos escorregam pela sua intimidade tão melada que Nara está, ela solta um gemido, sei que ela se sente atraída também, nós dois despertamos daquela magia, química, desejo eu não sei o que foi que aconteceu aqui!

– Desculpa Nara e melhor parar por aqui.

– Sim, é melhor desculpa, Luís, vou indo.

Ela fugiu de mim, fico com o gosto do seu beijo na minha boca, aí meu Deus essa mulher quer me enlouquecer mais ainda, tomei um banho para tentar me aliviar a vontade que fiquei nela, hoje eu pode sentir que a desejo feito um desesperado, é melhor ficar afastado dela.

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