GÓRIS: II. Em Nome do Pai

No dia, lembro-me de estar tonto. Tropeçava, tinha ralado o cotovelo. Ardia o braço e no estômago, mas eu não ligava...

Eu me despedia do passado de escassez... essa seria a última vez que colocaria uma gota de gim barato na boca. Um novo futuro...

Tinha visto os desgraçados da milícia levarem meu garoto. Tinha bebido, por isso não me lembrava muito bem. Talvez eu tenha sentido um pouco de remorso... ou até culpa... mas só até pensar que era para ter sido eu no lugar dele, apunhalado pelas costas. Eu tinha até me revoltado com a ideia de que me levariam embora. Todo o meu esforço para manter a família unida, e para quê? Meu filho era um moleque que não tinha respeito por ninguém. Esse era o problema dos jovens, mal saíam da casca do ovo e já achavam que podiam liderar o bando. Então que se foda... Simas deveria honrar meu bigode. Que

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