Capítulo Vinte e Um

Faltavam minutos para meia-noite. Com uma mochila nas costas e o mapa de cartolina no compartimento da frente, eu aguardava aflito. Kaira e Eidan ainda perambulavam pela casa, limitados pelos comandos de seus respectivos jogadores, mas isso não duraria muito tempo, pois assim que o servidor se desligasse, eles recobrariam sua autonomia, e então fugiríamos da cidade.

Eu poderia esperar sentado na poltrona do saguão, porém, estava tão ansioso que era incapaz de me manter parado; vagava, alternando o olhar entre o relógio e a porta da frente. Havia antecipado aquele momento por dias, verificara cada detalhe do plano para ter certeza de que nada daria errado.

Alve tinha confirmado, no dia anterior, que sua parte estava feita. No entanto, ainda tínhamos que considerar diversas variáveis — nem todos os pormenores podiam ser previstos.

Precisaríamos de sorte, mas principalmente de sangue-frio.

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