Ela arregalou os olhos, surpresa com o contato, mas não recuou. Seu pulso estava quente sob meus dedos frios, e a sensação percorreu meu corpo como um choque. Sentia seu sangue correr ali e seu coração bateu acelerado.
— Você é muito especial para ter como parceiro um idiota como aquele.
Maya umedeceu os lábios, desviando o olhar por um breve instante. Eu deveria soltar sua mão, mas não consegui. A proximidade dela era intoxicante, um perigo real para meu autocontrole já frágil.
— Eu… — Ela começou, hesitante, antes de voltar a me encarar. — Não sei se sou tão especial assim…
— Está errada. — Apertei sua mão levemente, sentindo o calor da pele dela contra a minha. — Você é única e, acredite, muito especial. Ele foi um idiota ao perdê-la.
O silêncio que se instalou entre nós era denso, carregado por algo que nenhum de nós parecia pronto para nomear. O olhar de Maya encontrou o meu, e por um instante ficamos presos ali.
O desejo latejou dentro de mim, e eu sabia que, se não me afastasse