36 horas depois...
Despertei com água fria, chutes e socos, ainda assim o ruído de ferro que percorria o piso cimentado era capaz de ensurdecer qualquer espécie viva e me causou alguns transtornos. Raciocinar estava penoso, as drogas injetadas faziam do meu corpo um fardo e até respirar era um ato doloroso. Esforcei-me em abrir os olhos, negado, não conseguia mover as pálpebras inchadas. Uma ânsia, a mesma que vivia constantemente contorcendo meu estômago, deu as caras e o vômito veio, soluçado, cuspido, quase sufocante.
— Olha aí, vomitou de novo. — A voz debochada do infeliz do garçom soou ao meu lado. — Melhor dar água para ele, chefe.
— Depois, agora confira o parâmetro, tem algo estranho. — Essa voz também era inconfundível. Hélio parecia nervoso, aliás, todos no cômodo inspir