— David, precisa de alguma coisa? — Jonh indagou assim que me viu entrar na cobertura, ele me conhecia a ponta de captar algo errado.
E havia muita coisa errada, não pisava com tanta firmeza como devia, um mundo de dúvidas cercava a minha cabeça, afrontando o certo a se fazer.
— Preciso ficar sozinho. — Joguei as chaves e o celular sobre o sofá e andei até o bar. — Me deixe sozinho, John — exigi novamente quando relutou em atender.
— Certo, senhor.
Esperei que deixasse a sala para só então encher o copo com o líquido âmbar. Mesmo ciente de que o álcool não eliminaria nada, a luta que acontecia internamente não cessaria nem se ingerisse uma garrafa inteira do uísque mais forte.
— PORRA! — Lancei o copo na parede, espalmei as têmporas, sentindo meus pés afundarem em culpa.
Eu era um poço de renúncias, egoísmo, soberba, existia a possibilidade de eu retornar ao hospital a qualquer momento e o garoto não estar mais lá. Sua alma fatalmente ter sido engolida por aquela doença maldita, seu a