— David!
Despertei no susto, o esforço em despregar as pálpebras doeu na alma, movi a cabeça para o lado pesada demais para raciocinar e não o vi. Nossa, não havia o maior sentido, meu corpo doer, minha cabeça latejar de forma que abandonar a cama se tornou um ato doloroso. Se não me fugia a memória eu bebi apenas três doses de tequila, logo, esse estado lastimável não se encaixava com a véspera. Um frio dos diabos encolheu meu corpo. Esquisito, Los Angeles não estava em época de inverno. Sede, muita sede. Esse, foi o principal motivo de eu me aventurar em ir até a cozinha como se um prédio de trinta andares estivesse guinchado a minhas costas.
— Bom dia! — David me saudou quando o encarei sem ânimo algum. Mas admito, meu coração saltitou, ele ficou. O cheirinho de café planou no ar, o que não foi suficiente para ressuscitar meu corpo. — Melissa já saiu para a faculdade — falou ao escorar na bancada.
— Acordou há muito tempo? — Passei por ele e peguei a garrafa de água, virando-a na g