Precisei de um tempo, ele também, nunca gritamos um com o outro e não podíamos apagar o dito, palavras ferem da mesma forma que as atitudes.
— Desculpe, meu amor, não quis…
— O garoto está com câncer, ele está morrendo. David cambaleou chocando a parede atrás de si.
— Quê? — Timbre fraco.
— Ele está entre a vida e a morte no hospital, à procura de um doador, se você for o pai…
— Eu não sou — negou, ajustando a calça e avançando para a sala.
— Não com uma única noite sem preservativo.
Desci da bancada.
— Mas se você for, pode ser compatível e salvar a vida dele, ele é só um garotinho, não tem culpa de nada.
— Não, não acredito em nada… — Ele travou quando coloquei ao alcance