Meu coração trava na garganta conforme me aproximo da piscina externa e assim não consigo ver nenhuma superfície abaixo dela. Uau! Aspiro uma porção generosa de ar. Estamos no topo, bem no topo de Angra, um lugar que nem nos meus melhores sonhos era capaz de idealizar. Dou um meio giro, colhendo os detalhes da casa em tons marrons, móveis rústicos e aconchegantes. Não parece uma hospedagem, é acolhedor.
— Essa casa é sua? — indago, assistindo-o na outra extensão da sala, retirar o terno vagarosamente, jogá-lo sobre o piano de calda, abrir a camisa e liberar o abdômen trincado, tatuado, gostoso. Os sapatos são descartados facilmente um pé por outro, e quando ele desabotoa o único botão da calça e me fita indecente, provocando no centro das minhas coxas uma inundação, uma voz quebra o ar corrompido de tesão.