— Posso te fazer uma pergunta?
— Depende da origem.
Raica baixa a cabeça para o prato, seus dedos brincam nervosos com a textura do taco de frango. Concentro-me nela, como um mantra, é uma forma de amassar os sentimentos pútridos que invadem minha alma toda vez que confronto o passado e me seguro para não os asfixiar com as próprias mãos.
Espero que diga algo, porém, ela parece procurar dentro de si as palavras adequadas. Durante seu dilema exploro a pele dos braços delicados ao decote V tentadoramente expondo as curvas dos seus seios, elegante e sexy. E com uma argola em cada mamilo — meu pau reage à curiosidade por debaixo desse tecido.
— Ainda… — Ela ergue a cabeça e fita meus olhos. Estabelecendo um contato doce. — Dói muito?
Embora eu sinta sensibilidade na pergunta, esse campo é minado para qualquer um.
—