Todos olharam para Elaine surpresos, sua reação foi completamente descontextualizada e suspeita: —Por que você fez isso, mãe? O que tinha na xícara de chá?

— Nada de ruim, claro—, respondeu para ganhar tempo.

— Então, explique, o que você estava pensando em dar a ele?

— Eu simplesmente tropecei e pronto, por que procurar mais explicações?

— Você sabe muito bem, não foi por acaso que você derrubou a xícara da minha mão.

— Vou ser sincero, eu dei a ele um remédio para dor que o médico receitou.

— Por quê?

— Seu pai disse ao médico, quando ele lhe deu alta, que estava com muita dor, mas não queria tomar nada para não ficar viciado.

— Sim, eu também ouvi.

— Bom, eu não posso deixá-lo sofrer, então falei com o médico e pedi para ele me dar a receita e como ele deveria tomá-la, para que eu pudesse dar um pouquinho a ele às vezes quando ele estivesse tendo um dia ruim.

Oliver olhou para ela, analisando-a. Não conseguia acreditar: sua esposa poderia ser assim a vida toda? Como ela o manipulou