Na manhã de Natal, acordei com o som suave das ondas.
A luz do sol entrava pelas janelas, quente e reconfortante.
Era o Natal mais tranquilo que eu tivera em anos.
Sem política familiar, sem gentilezas falsas. Apenas paz pura.
Saí para o terraço e encontrei um belo café da manhã posto sobre a mesa.
Morangos frescos, croissants quentinhos e uma jarra de aromático café Blue Mountain.
— Bom dia, senhora Romano.
A governanta, Elena, uma italiana graciosa na casa dos cinquenta anos, se aproximou.
— O senhor Dante pediu que preparássemos o café da manhã para você.
— Onde ele está? — Perguntei.
— Resolvendo alguns assuntos urgentes. — Elena sorriu. — Disse que não queria incomodá-la. Queria que descansasse.
Um calor se espalhou pelo meu peito.
O Marco da minha vida passada nunca considerou meus sentimentos. Ele me acordava no meio da noite para as chamadas "questões da família".
Dante, por outro lado, protegia até o meu sono.
À tarde, um Maserati preto parou na entrada da propriedade.
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