Charles estava parado em frente aos portões da Villa Werland havia um dia e uma noite inteira.
Ele era assim: teimoso até o osso. Enquanto não visse a pessoa que amava, enquanto não tivesse a resposta que desejava, preferia morrer a desistir.
Na noite anterior, Charles havia avistado pai e filho da família Moura chegando à mansão. Sabia que estavam ali para criar problemas por causa de Gael.
Ele se escondeu, observando tudo de longe. Não era medo, mas sim estratégia. Ele não queria provocar mais confusão e arriscar que Tiago pensasse que ele estava conspirando com a família Bastos. Isso só causaria mais problemas para Érico.
Charles estava disposto a limpar qualquer sujeira nos bastidores, mas aparecer naquele momento seria um erro.
O céu estava escuro, o vento soprava com violência, chicoteando seu corpo como os golpes que havia recebido na noite passada.
Seus olhos, normalmente brilhantes, estavam afundados, e seu rosto exibia a sombra de uma barba por fazer. O cansaço e a dor davam