Capítulo 16 – A Faca Que Sorri

(Narrado por Daniel)

Eles acham que eu não vejo.

Acham que podem sussurrar pelas esquinas dessa casa, se encarar com olhares molhados e esconder as marcas de um desejo mal disfarçado. Mas eu vejo tudo. Sempre vi.

Camila nunca foi só uma amiga da Clara. Desde o primeiro dia, desde o primeiro “oi” sem esforço, desde aquele jeito de olhar como se me atravessasse… ela foi um desafio. E eu nunca recuei diante de um desafio.

Só que agora, tudo mudou.

Ela me evita. Me despreza.

E Gabriel... Gabriel está ocupando um lugar que não é dele.

O pedreiro de fachada, com cara de bom moço e olhar misterioso. Um idiota com traumas mal resolvidos achando que pode competir comigo.

Mas ele não conhece as regras.

Nesse jogo, quem joga sou eu.

E quando perco... eu destruo o tabuleiro.

Hoje, ouvi a conversa entre Clara e Camila. Elas acham que cochicham, mas a parede entre o jardim e o galpão é fina demais.

“Proteger isso.”

“Elas jogam juntas agora.”

Sorriso falso.

Pena que eu já estou cinco passos à frente
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