— Volte já aqui! — Maytê se aproveitou da minha divagação e tentou sair da cozinha disfarçadamente. — Não te obrigarei a ir à clínica amanhã — ela abriu um sorriso. Ao ver que eu tinha condições, abaixou a cabeça desolada. — Como sou uma mãe legal, te darei algumas alternativas: você vai duas vezes por semana durante cinco meses. Depois desse tempo, se ainda assim não se adaptar, está liberada; desde que prometa que vai controlar sua fixação pela Lady Gaga e respeitar seus professores — falei, enquanto ela analisava a situação. — Ou você pode escolher não ir e ficar os cinco meses sem televisão, celular e, é claro, sem internet.
— Uau, mãe! Você facilitou muito minha vida agora. Isso é o que chamo de democracia. Ok, eu vou. Mas se a sala tiver cheiro de incenso, eu desisto, tá bom?
— Combinado. Agora vamos arrumar a mesa. O jantar está quase pronto.
No dia seguinte, após o almoço, deixei Júnior na casa de um amigo e levei Maytê até o centro clínico.
Era um lugar enorme, com várias esp