No sábado, Júnior e Maytê foram a um acampamento da escola e eu dirigi até a casa da avó de Liz. Ela havia me mandado o endereço mais cedo e avisou que me esperaria lá. Era um sítio a poucos quilômetros de Brasília.
Quando enfim cheguei, Liz estava me esperando no portão com uma pequena matilha correndo alegremente à sua volta.
— Pode estacionar o carro em qualquer lugar, menos embaixo da mangueira. As mangas estão caindo e minha avó não se responsabiliza pelos possíveis incidentes — ela apontou a enorme árvore ao lado da casa. O rosa do seu cabelo havia sido substituído pelo azul. E, para variar, ela estava linda.
Desci do carro e uma criatura élfica surgiu na minha direção com os braços abertos.
— É um grandioso prazer recebê-la em nosso lar, Jennifer — ela me envolveu em um sufocante abraço.
— Já chega! Ela não está conseguindo respirar — Liz correu em meu socorro.
— Eu sou Aurora — a avó de Liz se apresentou. E, olhando de perto, entendi o que Suze quis dizer com “excêntrica”. Ela