Théo Narrando
Assim que as portas do elevador se abriram no último andar, mal coloquei o pé fora e a Lucila já veio marchando na minha direção. Sempre tão eficiente, mas às vezes não entende que eu também preciso de um minuto de paz.
— Senhor Théo, a imprensa não para de ligar. Querem uma coletiva, nota exclusiva, qualquer declaração sobre o noivado. — disse, com a prancheta na mão e a testa franzida.
— Ainda não é a hora. — respondi seco, sem diminuir o passo e sem soltar a mão da Ava — Eles podem esperar.
Entrei na minha sala, deixei o blazer na cadeira e nem tive tempo de respirar. Nem cinco minutos depois, a porta foi aberta sem nem bater, como sempre, e Bryan entrou, já com aquele olhar de quem quer confusão.
— Que história é essa de noivado, Théo?
Levantei os olhos pra ele, sem paciência. Não gosto de ser cobrado, ainda mais por alguém que trabalha pra mim, mesmo sendo meu amigo.
— É isso mesmo que você ouviu. Estou noivo da Ava. — falei com firmeza, me encostando na cadeira.
E