Ava Narrando
Chegamos em casa e tudo o que eu queria era cair na cama. A viagem foi longa, intensa, cheia de reviravoltas, e meu corpo simplesmente não aguentava mais. Nem cogitei jantar. Tirei os sapatos na porta, fui direto pro banheiro, deixei a água quente escorrer pelo meu corpo enquanto minha mente começava, aos poucos, a processar tudo que tinha acontecido. Mas antes mesmo que qualquer pensamento se fixasse, deitei na cama e fui tragada pela escuridão de um sono profundo.
A noite passou como um borrão. Nem sei se sonhei. Acordei com a luz da manhã atravessando as cortinas do quarto e me senti surpreendentemente leve. Como se o peso dos últimos dias tivesse ficado no travesseiro. Espreguicei, respirei fundo e fui direto para o chuveiro. Queria despertar, ativar cada centímetro do meu corpo para o que vinha pela frente. Trabalhar com Théo exige foco, e apesar do nosso envolvimento ou justamente por causa dele, eu preciso estar no meu melhor.
Depois do banho, me enrolei na toalha