O primeiro raio de sol entrou tímido pela janela, dourando o quarto e despertando Natália com suavidade. Lá fora, a fazenda já estava em plena movimentação.
Natália levantou-se devagar. Por um momento ficou parada diante do espelho, observando o próprio reflexo; o rosto ainda sereno, os olhos calmos. Sentia algo diferente: não era mais o medo que a dominava, mas uma espécie de aceitação tranquila, como se a oração da noite anterior tivesse, de algum modo, sido ouvida.
Logo Amália entrou.
— Dormiu bem, filha? — perguntou com ternura.
— Dormi... melhor do que esperava — respondeu Natália, com um sorriso tímido.
— Então é um bom sinal. — Amália olhou para o vestido e sorriu com serenidade para a filha. — O dia começou lindo.
Lá fora, o som dos sinos da pequena igreja começou a soar, anunciando que faltavam poucas horas.
— É melhor se trocar para o café da manhã. Precisa se alimentar bem porque será um longo e maravilhoso dia.
Assim que sairam do quarto, o burburinho da casa a envolveu d