Faltavam apenas dois dias para o casamento, a casa da Fazenda Santa Maria parecia um formigueiro. Pelos corredores, empregados iam e vinham apressados, carregando flores, tecidos e caixas. O ar estava impregnado do cheiro de bolo, de cera de madeira e do perfume das rosas brancas que chegavam aos montes para os arranjos.
Na cozinha, o renomado chef, um homem de fala firme e sotaque estrangeiro, havia tomado o comando com sua equipe. Panelas reluziam sobre o fogão, travessas eram alinhadas sobre longas bancadas, e a sinfonia dos utensílios ecoava sem pausa.
— Cuidado com o molho, por favor! — ordenou ele a um dos ajudantes. — Este jantar precisa ser inesquecível!
Enquanto isso, garçons poliam com zelo a prataria e as taças de cristal que brilhavam à luz da tarde, refletindo os raios dourados do sol. No jardim, decoradores trabalhavam sem descanso, tecendo arcos e corredores de flores brancas. A igreja da vila, também recebia os últimos retoques: o altar enfeitado com lírios e velas alt