A fazenda estava desperta bem antes do sol se firmar no céu. O aroma de café e pão quente se misturava ao burburinho de vozes no casarão.
Após o café da manhã, Fernando, sempre impecável, convidou os homens da família de Natália, Francisco, Mateus e os tios para conhecerem o haras e as áreas produtivas da fazenda.
— Tenho certeza de que o senhor Francisco vai gostar de ver nossas éguas de linhagem — disse ele com aquele tom amistoso e parecendo realmente desejoso de agradar ao sogro e a família de Natália. — Também temos um estábulo de reprodutores premiados, posso mostrar os registros.
— Vai ser um prazer — respondeu o pai de Natália, animado. — Sempre admirei cavalos de criação.
Enquanto eles saíam acompanhados por alguns funcionários, Fernando lançava olhares discretos para Natália, que permanecia na varanda ao lado das mulheres. Ele sabia que, dali, ela ficaria sob os olhos atentos da tia Catarina e de Mariana.
Na varanda lateral, o clima era outro. As mulheres da família cercavam