Natália apertou a borda da piscina com força, dividida entre o orgulho e a tentação. Ela subiu devagar, tentando manter a dignidade, e alcançou a espreguiçadeira para pegar o robe. No instante em que se virou, encontrou Fernando parado muito perto, observando-a sem disfarçar.
— Está satisfeito? — disse ela, puxando o robe e cobrindo os ombros, a voz cortante.
Ele inclinou o rosto, um sorriso torto surgindo nos lábios.
— Ainda não. — respondeu em tom baixo, quase como uma ameaça sussurrada. — Você não imagina o quanto me diverte ver essa luta dentro de você.
— Não existe luta nenhuma. — retrucou, erguendo o queixo em desafio.
Fernando se aproximou mais um passo, apesar de já ter colocado um robe atoalhado, ele estava tão perto que o calor do corpo dele contrastava com as gotículas frias da água que ainda escorriam dela. Ele baixou a voz, quase num sussurro junto ao ouvido dela:
— Então por que treme toda vez que eu chego perto?
Natália fechou os olhos por um instante, tentando não ce