Natália se virou, o sangue fervendo.
— Vou ligar para os meus pais. Você mesmo disse que eles estavam preocupados.
Fernando balançou a cabeça em negativa, os olhos duros.
— Vai ligar daqui. No viva-voz. Pode ser vídeo ou ligação, tanto faz. Mas eu quero ouvir cada palavra.
Natália bufou, fuzilando-o com o olhar.
— Eu vou ligar para os meus pais e exijo privacidade!
Ele se levantou, aproximando-se, a sombra dele quase engolindo a dela.
— Você acha que sou tolo? Não. Você me enganou uma vez, não vai enganar de novo, docinho,
— Já disse para não me chamar de docinho! — gritou, tomada pela raiva.
Fernando ergueu o queixo, um meio sorriso gelado nos lábios.
— Eu a chamo do que eu quiser. Docinho... querida... minha. E vai fazer o que eu quiser, do jeito que eu quiser.
— Seu... cretino! — Natália cuspiu as palavras. — Eu não vou aceitar isso. Eu tenho direito à minha privacidade.
— Se quiser falar com eles, será na minha frente. — retrucou, seco. — Ou você acha que vou devolver esse ce