Lucca
O inferno perde pra isso aqui. O local chega a ficar vermelho com o fogo abrasador consumindo tudo que vê pela frente, de uma forma rápida demais. É difícil respirar com o teor do calor que nos rodeia. A fumaça densa dificulta a nossa visão. Para onde se olha, só de ver uma coisa... O terror abrasador devorando tudo a sua frente.
— Lucca, me dê notícias! — Meu chefe pede através do rádio. Eu puxo a respiração com um pouco de dificuldade. Contudo, forço minha visão, mas é quase impossível ver alguma coisa além da fumaça e das chamas.
— Estamos no décimo quinto andar, chefe. E seguindo para o décimo sexto — aviso quando alcançamos mais um lance de escadas.
— Tente ser rápido, Lucca. Vocês estão ficando sem tempo.
Olho para o sinal do meu oxigênio. Droga, a luz está amarela.
—Só mais três andares, chefe — insisto, subindo mais alguns degraus.
Atrás de mim vem mais sete bombeiros, a maioria da companhia 198. Estamos em um dos maiores prédios residenciais do Rio, bem no coração da ci