Alice
Deus, o que eu faço?
Como vou sair dessa agora?
Mais uma noite se aproxima e eu já me sinto sem forças. A minha garganta seca começa a arranhar e estou faminta. A falta de água e alimentação me deixa fraca e trêmula.
—Lucca? — O chamo no meu delírio. Sem que eu perceba as lágrimas rolam por meu rosto. Sinto a sua falta. Tenho saudades da minha família e o pior, é que eu não sei se vou voltar a vê-los.
… Não desista, Alice.
…Você vai conseguir.
Escuto a voz do Lucca dentro do cômodo escuro e abro os meus olhos, o encontrando do outro lado, bem perto da porta. Rapidamente me sento no colchão e com a respiração eufórica, lhe estendo a mão em uma súplica silenciosa.
— Lucca? — O chamo esperançosa. As lágrimas caem em torrente.
… Não desista, Alice!
Ele repete até sumir na minha frente.
— Não, por favor, não vai! — suplico em pranto.
***
Abro os meus olhos e percebo que o dia já raiou. Foi só um sonho.
Não.
A porta se abre a Renan passa por ela. E me forço a levantar e me sento