Clarice Martins
Era Ruan, um dos dois agentes transferidos, que agora era meu parceiro e trabalhava na mesa ao lado. Ele era alto, com um olhar atento e um jeito descontraído, parecendo nada abalado pelo excesso da carga horária dos últimos dias. A rotina puxada não tinha atingido apenas a mim, mas todo o pelotão, principalmente meu parceiro e eu.
— Bom dia. Alguma novidade? — Descartei o copo de café recém-esvaziado.
— Hudson quer a gente na sala de operações agora. Parece que temos um problema.
Suspirei. Mal tinha me sentado, não podia me acomodar.
— Todos madrugaram hoje? — Eu tinha certeza de que havia acordado cedo.
Ruan me lançou um olhar confuso, olhou para o relógio simples em seu próprio pulso e me mostrou.
— São sete e vinte. — Franzi o cenho.
“Como isso é possível?”, quase derrubei a cadeira, confusa e culpada.
“Não faz sentido eu ter dormido tanto.” Segui com ele até a sala onde todos se encontravam agora. No centro da mesa, um mapa da cidade estava marcado com várias anot