Capítulo 158
Ezequiel Costa Júnior
Ainda dava pra ouvir os estalos dos estilhaços sob os pés, os alarmes ao fundo, e alguns gemidos abafados. Tudo destruído, mas eu não estava nem perto de baixar a arma.
Meus olhos vasculharam o salão. Antony arrastava um dos desgraçados pelo colarinho, manchando o chão com o rastro de sangue. Mauro vinha do outro lado, puxando outro invasor pela perna. A cara dele parecia ter passado por uma britadeira.
Caminhei até o centro do salão, ainda com a pistola em punho. Parei diante dos dois. O sangue escorria dos cortes, e um deles cuspia vermelho a cada respiração. Mas estavam vivos, por enquanto.
— Que merda planejavam?
Nenhum dos dois respondeu. Então Mauro acertou um chute seco na costela de um deles, e Antony pressionou a cabeça do outro contra o chão com o joelho.
Ainda nada.
Apontei a arma pro rosto do que parecia estar mais consciente.
— Só vou perguntar uma vez ou vou pintar o tapete novo com seu cérebro. Quem mandou vocês