Capítulo 157
Ezequiel Costa Júnior
A felicidade durou exatamente trinta segundos depois do beijo.
O primeiro tiro estourou como uma martelada nos vidros da entrada lateral. Meu corpo reagiu antes do cérebro. Girei Mariana com força, protegendo-a atrás de mim, ao mesmo tempo em que sacava minha arma. O estampido dos disparos ricocheteou nas paredes do salão enquanto a merda se espalhava.
Homens de roupa cinza surgiram pelas portas laterais e pelo fundo do salão. Uniformes de “empresa”, disfarçados como funcionários da chácara, mas os movimentos não deixavam dúvidas: eram soldados, mercenários, profissionais. Entraram atirando em rajadas curtas, mas certeiras. Tentavam fazer um massacre — só que erraram o lugar.
Porque não era um casamento comum. Era uma reunião das três maiores famílias do submundo.
Antes que qualquer convidado sequer gritasse, o que se ouviu foi o som de dezenas de travas de segurança sendo desativadas.
Alexei Kim foi o primeiro a levantar da cadeira,