Tortura

Capítulo 38

Mariana Bazzi

Eu respirei fundo, tentando me acalmar, enquanto o barulho da água preenchia o banheiro. Ele estava ali, tão perto... e agora, sem camisa... sem nada.

Minhas mãos tremiam levemente quando entreguei o kit de higiene para Ezequiel. Queria desviar o olhar, mas parecia impossível. O corpo dele era absurdo. Ombros largos, peito definido, aquele abdômen com linhas fundas, como se tivesse sido esculpido em pedra. Nem parecia real.

Fiquei ali, parada, até que ele apontou para a poltrona no canto do banheiro com a voz rouca, sem tirar os olhos de mim, para que eu sentasse.

Sentei, rígida, sem saber direito onde enfiar as mãos ou como controlar a batida acelerada do meu coração. Quase desejei que ele pedisse outra coisa. Qualquer coisa. Porque isso... isso parecia tortura.

Acompanhei sem querer, cada movimento dele. O jeito que passava o sabonete sobre o próprio corpo, os músculos contraindo, os respingos de água deslizando por ele... Foi ficando cad
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