Capítulo 57
Ezequiel Costa Júnior
Levei a bandeja com calma, equilibrando o café, frutas e pão fresco que pedi para prepararem cedo. Enquanto caminhava, meu olhar não desgrudava da porta do quarto. Mariana. Só o nome já fazia alguma coisa no meu peito relaxar... ou se acender, dependendo da hora.
Quando entrei, ela estava sentada na cama, os cabelos bagunçados, já vestida, mas o corpo coberto pelo lençol e aquele sorriso tímido nos lábios. Sorriu ao me ver e eu senti meu peito se abrir, como se tudo lá dentro ficasse em paz só porque ela estava ali, daquele jeito.
— Bom dia, dorminhoca — falei, com um meio sorriso.
Ela riu e estendeu as mãos pra bandeja.
— Isso é mesmo pra mim?
— Cada detalhe. Você não sai dessa cama até eu mandar. Hoje será do meu jeito.
Ela corou, e eu só queria me sentar ali e esquecer o resto do mundo. Mas o mundo não esquecia de mim.
Beijei a boca dela com carinho, como quem sela algo importante, e fui até o escritório. Bastou abrir a por