Capítulo 87
Ezequiel Costa Júnior
A apertei contra o peito com força, o cheiro do medo ainda impregnado na pele dela, misturado ao perfume que eu reconheceria até no inferno. O corpo leve, quase desmaiado, estava ferido, marcado, e ainda assim ela havia escapado sozinha.
Atravessei a mata sem olhar para os lados, olhos em chamas, passos firmes, como se cada galho quebrado debaixo das botas fosse uma jura de vingança. Avelar surgiu à minha frente, ofegante.
— Don... ela tá bem? — perguntou.
— Vá atrás do Consigliere, agora. Traga-o vivo. Eu não me importo com o que precise fazer, ouviu bem? VIVO. — Minha voz soou como aço. Avelar assentiu, já se virando para correr. — E se mais alguém tentar impedir... elimina.
— Sim Don.
Cheguei ao meu carro e abri a porta com o ombro. Deitei Mariana com cuidado no banco de trás e subi ao lado dela. Dei um sinal mudo para o soldado que entrou e já aguardava no volante. Ele arrancou o carro pela trilha de volta à estrada.
Ela es