Capítulo 35
Ezequiel Costa Júnior
Meu sangue fervia nas veias. Isso não pode ser possível...
— Porque veio até aqui? Por que veio, porra!? — perguntei furioso enquanto arrastava Mariana até o portão de saída.
— Me solta! Eu vou onde quiser! — ousou me provocar.
A puxei e vi a porra da mulher que se diz "doutora" dela, atrás. Quando chegamos no estacionamento, eu fiquei enlouquecido.
— Vá pra puta que pariu, Samira! No meu carro você não entra!
— Mas e a Mariana? Como...
— Volte como veio. Desaparece! — dei as costas a ela, bati com a porta e entrei no carro, pisando fundo, cantando pneu. Enquanto a imagem da tal médica sumia das minhas vistas e os malditos filhos da puta, paravam de olhar pra Mariana.
O carro rugia enquanto eu pisava fundo no acelerador, como se a velocidade pudesse calar o caos que tomava conta da minha cabeça. Mariana sentada ao meu lado, tensa, respirando rápido, mas sem dizer uma palavra. Eu queria gritar. Queria explodir. Queria que