Capítulo 90
Ezequiel Costa Júnior
O helicóptero pousou no heliporto da minha casa. Eu desci primeiro, os sapatos impecáveis tocando o chão de pedra polida. Atrás de mim, dois soldados arrastavam aquele trapo humano que já foi chamado de Consigliere.
Yulssef.
O traidor, covarde, inútil.
— Arrastem ele — ordenei, e os homens obedeceram, puxando-o pelo jardim como se fosse um saco de lixo velho. As flores se curvavam sob o peso do corpo molhado de sangue. Meus empregados começaram a sair, assustados com o barulho, mas eu já erguia a voz.
Levei Mariana mais cedo com as irmãs e a doutora Samira para o apartamento. Com elas seguras, posso começar o show.
— Todos aqui! Agora! Quero cada um de vocês presentes.
O pátio se encheu em segundos.
Yulssef mal conseguia se erguer, mas eu o puxei pelos cabelos, o sangue sujando meus dedos.
— Prestem atenção — disse, em voz alta. — Este aqui é o novo faxineiro. Vai limpar cada maldito canto dessa casa com a língua. Se a