Capítulo 118
Ezequiel Costa Júnior
Mariana desceu as escadas devagar, o cabelo preso em um rabo de cavalo alto. Observei a correntinha de gota da sua mãe reluzindo na luz quente da sala, e a pulseira que eu mesmo tinha dado presa em seu pulso com uma outra. Me permiti sorrir ao vê-la assim — mais forte, mais consciente do que carrega.
— Pronta? — perguntei, erguendo uma sobrancelha.
— Sempre — respondeu ela, com aquele brilho determinado nos olhos. — Pensei que iríamos mais tarde.
Nos dirigimos até a entrada. Sara já nos esperava, visivelmente constrangida. Assim que Mariana surgiu ao meu lado, a soldado abaixou levemente a cabeça.
— Senhora... me desculpe. Eu não sabia que agora a senhora estaria à frente de tudo mesmo, mas... — ela respirou fundo — ficarei atenta. Eu e toda a equipe passaremos todas as informações diretamente à senhora a partir de agora. Pode contar comigo.
Mariana arqueou uma sobrancelha, mas respondeu com calma.
— Eu acho ótimo. Porque estou p