POV Killian
O carro avançava pela estrada, mas para mim parecia que o tempo tinha parado. Eu estava no banco de trás, com Amara deitada nos meus braços, e cada segundo era um golpe, uma tortura que me arrancava pedaços.
O motorista acelerava o máximo que podia, buzinas ecoavam ao longe, mas o som que dominava meus ouvidos era outro: o respirar fraco dela, irregular, quase inexistente.
— Amara… fica comigo, por favor — sussurrei, apertando sua mão fria contra meu peito, como se meu coração pudesse emprestar força ao dela.
Os olhos dela se abriam e fechavam devagar, enevoados. O rosto estava pálido, pálido demais. E então, num fio de voz, ela murmurou:
— Nosso filho… não… por favor, Killian… nosso filho…
A frase atravessou meu corpo como uma bala. Quase perdi o ar.
Nosso filho. Não era apenas ela em perigo.
Senti a direção do carro balançar quando quase me joguei para frente, desesperado. O motorista manteve o controle com firmeza, mas minha voz explodiu:
— Mais rápido! Pise nessa merd