Dois dias depois.
Karina segurava Joyce nos braços, com sua pequena bolsa na mão, pronta para sair.
Ao abrir a porta, encontrou Ademir, que voltava para trocar de roupa.
— Tio! — Joyce acenou com os bracinhos, estendendo-os para ele.
Ademir, naturalmente, a abraçou e perguntou:
— O seu avô veio te buscar? Você vai trabalhar?
— Sim. — Karina assentiu com a cabeça.
Quando o homem entrou, certamente percebeu.
Como ela trabalhava no turno da noite, Otávio havia enviado alguém para buscar Joyce e levá-la à mansão da família Barbosa.
Ademir apertou ligeiramente os olhos, sem conseguir entender muito bem. Karina era tão carinhosa com o avô, mas com ele... Tão fria.
Vendo que Ademir parecia não estar satisfeito, Karina tentou explicar:
— Eu volto logo depois do trabalho, não vai atrasar o seu tratamento.
Ademir respondeu de forma direta:
— Não seria possível parar com esse trabalho? Você está precisando tanto de dinheiro assim?
Ele já havia dado a ela seu cartão bancário, mas até agora não hav