Bruno estava um pouco assustado e disse a verdade:
— Só bebeu um pouco...
— Bebeu? — Karina repetiu suavemente, um olhar de zombaria surgindo em seus olhos. Ela balançou a cabeça. — Sr. Ademir, também não beba mais remédios, vai adiantar de quê?
Enquanto falava, soltou a mão dele, se levantando com a intenção clara de sair.
Ademir se assustou, reagindo mais rápido que seus pensamentos, e estendeu a mão, puxando ela de volta. Perguntou:
— Eu não estou bem, para onde você vai?
— Para onde? — Karina riu friamente. — Claro que vou embora daqui. Desculpe, não consigo curar sua doença. Por favor, me demita.
Ela ficou irritada?
Era a primeira vez, desde que retornou, que ela demonstrava raiva para com ele.
O estranho era que Ademir não se sentiu aborrecido.
Pelo contrário, ele até ficou um pouco assustado. Ele conhecia Karina; quando ela dizia que ia embora, era porque realmente ia.
Mas, mesmo assim, disse:
— Está com um temperamento tão forte assim? Já vai embora?
— Eu estou com um temperame