Essa pergunta foi tão repentina que causou uma grande surpresa.
Os olhos de Ademir se arregalaram, e sua mente ficou em completo turbilhão. Como ele deveria responder a isso?
— Tio? — Joyce ainda o olhava com aquela expressão infantil e cheia de expectativa.
Ademir, sem saber o que fazer, só podia se prender à primeira resposta que veio à sua mente.
— Um papai é como uma mamãe. Todo filho que chega a esse mundo precisa de mamãe e de papai.
Mas o que isso significava?
Joyce ainda não conseguia entender.
— A Joyce também tem um papai, não tem?
Ademir engoliu em seco, sem saber se deveria ou não confirmar.
— Sim.
Essa explicação deixou Joyce ainda mais confusa.
Ademir não conseguiu se segurar e soltou uma risada, passando a mão pelos cabelos dela.
— Por que você está me perguntando isso, Joyce?
“Será que está com saudades do papai?”
Ademir nem sabia o que Karina havia dito para Joyce sobre o pai.
— Porque... — Joyce franziu a testa, como se estivesse tratando Ademir como um amigo, sem esc