— Claro que não é assim. — Karina disse, com o coração apertado ao ver a filha daquele jeito. — O papai ama muito a Joyce, ele gosta muito da Joyce.
Mesmo sem saber que Joyce era sua filha, ele a amava profundamente.
— E o papai? — Os grandes olhos de Joyce estavam cheios de alegria, mas também de dúvida. — Por que ele não vem ver a Joyce?
— Porque... — Karina não sabia como responder, estava muito confusa. — O papai está muito ocupado com o trabalho dele, por enquanto, ele não pode vir ver a Joyce. A Joyce tem que ser boazinha e crescer direitinho.
Joyce, com seu entendimento infantil, respondeu de uma forma diferente:
— Se a Joyce for bem comportada, o papai vai vir ver a Joyce?
Essa pergunta pegou Karina de surpresa e ela não soube como responder.
Ela só pôde acenar com a cabeça:
— Sim.
Joyce ficou feliz:
— Então, a Joyce vai esperar o papai, a Joyce vai ser boazinha, vai tomar banho direitinho e ficar bem cheirosa!
— Que boazinha. — Karina abaixou a cabeça para esconder as lágrimas