O quê?
Vitória ficou paralisada, sem acreditar no que ouvia.
Ele continuou:
— Fui eu que insisti com ela. Com muita dificuldade, consegui que ela aceitasse me dar uma chance...
— Chega. Basta! Não diga mais nada. Eu não quero ouvir. — Vitória o interrompeu de repente, enquanto as lágrimas escorriam sem parar. Chorando, ela disse. — Como você teve coragem de fazer isso comigo? Você não sabia o que eu sentia? O que eu queria?
Ademir permaneceu em silêncio.
— Você sabia, não sabia? — Vitória falou entre lágrimas, com um sorriso amargo. — Mesmo assim, teve coragem de me dizer palavras tão cruéis!
Ademir franziu as sobrancelhas, mas não respondeu.
Porque, naquele momento, qualquer explicação era inútil.
— Ademir, fale alguma coisa! — Os olhos de Vitória estavam tomados por lágrimas, e ela o olhava com tristeza. — Você não tem nada para me dizer?
— Me desculpe. — A garganta de Ademir se contraiu, e ele repetiu. — Me desculpe.
Vitória ficou atônita.
“É só isso o que ele tem a dizer? Apenas um