Até mesmo Sérgio virou a cabeça, o rosto iluminado por um sorriso. Sua atitude bajuladora era tão diferente de antes que parecia outra pessoa.
— Sr. Ademir, peço desculpas pelo incômodo, tive um pequeno contratempo aqui, mas já vou resolver. — Disse ele, apressando Karina. — Por que você ainda está aí parada?
Karina ficou atônita, pois o "Sr. Ademir" de quem Sérgio falava era, de fato, Ademir. Ele também estava ali!
Antes que Karina pudesse levantar a taça novamente, viu Ademir levantar a mão e apontar para ela:
— Venha aqui.
Karina hesitou, sem ter certeza se Ademir estava se referindo a ela.
— Não precisa olhar para os outros. — A voz grave de Ademir soava descontraída, com um leve sorriso. — É você mesmo, venha aqui.
Num instante, todos na sala voltaram a atenção para Karina. Ela ficou paralisada, com o rosto corado, sem saber o que ele pretendia.
O ambiente ficou carregado de constrangimento.
Ademir sorriu de maneira indiferente e disse:
— O que foi? Não entendeu o que eu disse?
Sé