Ademir ficou sem palavras.
Então, ainda era o cheiro de perfume em suas roupas que a incomodava.
— Não vá para o banco de trás. Você não está se sentindo bem, sentar atrás pode te deixar ainda mais enjoada. — Ele rapidamente tirou o paletó e jogou no banco de trás. — Não podemos jogar lixo por aí, vou jogar fora assim que encontrar uma lixeira, tudo bem?
Karina, um pouco mais contente, respondeu:
— Faça como quiser.
Será que ela não estava mais irritada?
De repente, os olhos de Ademir brilharam. Será que Karina estava com ciúmes? Por causa dele e daquela garota?
Karina já havia aberto o pacote e cheirado o pão:
— Que cheiro bom.
Mas ela não conseguia de jeito nenhum abrir o saquinho de vinagre.
— Deixa que eu faço. — Ademir pegou o pacote e o abriu com facilidade. — Aqui está.
— Obrigada.
Ademir pensou que provavelmente estava exagerando. Karina já o havia rejeitado, não havia por que pensar tanto nisso.
Depois de comerem um pouco, voltaram à estrada.
O tempo, no entanto, começou