Ele iria bater nela?
Karina até se esqueceu de piscar os olhos.
Se ouvia uma leve rajada de vento ao seu redor, mas a dor esperada nunca chegou.
Um som estrondoso ecoou quando o braço de Ademir passou rente à sua bochecha, e o punho dele se chocou violentamente contra a parede atrás dela!
Naquele momento, Karina ouviu o som dos ossos colidindo com o concreto, junto com o ruído da poeira caindo da superfície da parede.
Aquele soco foi dado com toda a força!
— Ademir! — Karina, assustada, se apressou a segurar o braço dele. — Deixa eu ver...
Mas Ademir retirou o braço rapidamente, abaixando o olhar para ela, com um sorriso gélido no rosto:
— Ver o quê? Você se importa comigo?
Sem pensar, Karina respondeu:
— Claro que me importo...
Assim que disse isso, ela ficou surpresa.
Parecia que, sem querer, havia dito algo que não devia.
Seu coração começou a bater mais rápido. O que Ademir pensaria sobre aquilo?
Aquela frase soou quase como uma confissão, mas, infelizme