— Podemos ir até aquele pequeno parque ali, pode ser?
— Pode ser.
Na tarde daquele dia, o pequeno parque estava praticamente deserto.
Os olhos de Ademir estavam tão frios quanto uma camada de gelo enquanto ele perguntava diretamente:
— Por que você não foi morar na Mansão Mission Hills? Por que não quis o dinheiro?
Perguntas consecutivas, carregadas de uma raiva profunda.
Karina ficou atônita, e após alguns segundos, sorriu levemente.
— Então, você já sabe de tudo. — Ela esfregou o pulso com um pouco de resignação. — Naquele dia, no hospital, eu disse que não queria, mas você não aceitou, então só me restou agir assim.
Karina enfatizou com firmeza:
— Eu realmente não quero nada.
— Karina...
— Deixa eu terminar. — Os cílios de Karina tremeram levemente. — Eu não posso aceitar o seu dinheiro. Nós não temos sentimentos um pelo outro, então você não me deve nada. Meu filho não é seu, você não tem responsabilidade nenhuma comigo.
Karina suspirou, concluindo:
— Ademir, você não me deve nada.