Karina abriu a porta e saiu correndo.
— Karina. — A voz de Ademir soou atrás dela. Seu tom frio, carregado de raiva. — Pare aí.
Karina hesitou por um breve instante, mas não se virou. Parou por apenas um segundo, depois saiu decidida, fechando a porta com firmeza.
— Que absurdo!
A expressão esculpida e elegante de Ademir estava cheia de fúria. Será que ela estava determinada a enlouquecê-lo?
— Ademir... — Vitória, que estava ao lado, tinha o rosto pálido.
Com um tom de tristeza, ela disse:
— Me desculpe, a culpa é toda minha. Eu não deveria ter vindo. Será que a Sra. Barbosa não entendeu mal? Posso ir falar com ela e explicar?
— Não precisa. — Ademir franziu a testa e balançou a cabeça. — Não há necessidade disso.
Explicar para quê? Explicações só eram necessárias quando havia ciúmes, e Karina claramente não se importava com aquilo. Desde o início era assim, e agora, nada havia mudado.
Talvez, no fundo, ela até esperasse que algo acontecesse entre ele e a Vitória.
— Então... — Vitória