Olhando para o nervosismo de Filipe, Patrícia ficou um pouco surpresa, mas logo sorriu.
Ela inicialmente pensou em zombar dele, dizer algo para o provocar, mas as palavras ficaram presas na garganta. Com um leve suspiro, ela assentiu com a cabeça.
— Tudo bem, eu te perdoo.
Filipe, no entanto, ficou paralisado.
A resposta que ele esperava havia tanto tempo, que até em seus sonhos desejava ouvir, veio com tanta facilidade?
Era mais irreal do que um sonho.
Ele não conseguia acreditar:
— Patrícia, você está dizendo... É sério?
Patrícia girava a xícara de café entre as mãos e sorria com naturalidade:
— Alguma vez eu já menti para você? Se eu não quisesse perdoar, teria brigado com você, como já fizemos antes, não é?
Ela se referia ao tempo que passaram juntos na ilha.
Filipe assentiu. Era verdade, ela não era do tipo que mentia.
Mas Filipe não era ingênuo.
Pelo olhar de Patrícia, ele percebeu o que ela realmente queria dizer.
Seus olhos se abaixaram ligeiramente, e ele falou como se estives