Naquele instante, o tempo parecia ter parado, assim como tudo ao redor.
Eles permaneciam abraçados, em silêncio, como se o mundo inteiro tivesse desaparecido.
Até que Karina, com um leve desconforto, precisou dizer:
— Ademir, meu braço está ficando cansado.
Ademir, surpreso, rapidamente a soltou.
Karina ainda segurava o frango que havia comprado no mercado. Para evitar que encostasse em Ademir, ela havia mantido o braço erguido o tempo todo.
— Me dá isso aqui. — Ademir pegou o frango da mão dela, o segurando com firmeza.
O frango já estava limpo, mas não embalado em plástico. Em vez disso, estava amarrado com um pedaço de corda de sisal. Karina riu, explicando:
— A Cecília pediu para eu comprar, é para fazer sopa para o Catarino.
— Eu sei. — Ademir respondeu, segurando o frango em uma mão e a mão dela na outra, enquanto caminhavam em direção ao apartamento. — Eu liguei para a Cecília antes de vir.
— Ah, entendi...
Karina sabia muito bem o que isso significava. Caso contrário, Ademir nã