Karina disse:
— Durante todos esses anos na Cidade W, Catarino nunca pegou sequer um resfriado.
Ademir concordou com ela:
— Catarino é um menino muito especial.
— Sim. — Karina suspirou. — Até para ficar doente ele sabe escolher o momento. Se fosse há alguns anos, eu talvez nem conseguisse chegar a tempo.
— Isso é o vínculo entre vocês dois. Catarino está apenas querendo chamar a atenção da irmã. Ele não vai ficar realmente mal.
Karina ficou pensativa por um instante e, de fato, já não estava tão nervosa quanto antes.
A cirurgia não era muito complicada e terminou em pouco mais de uma hora.
De volta ao quarto, Catarino ainda estava sob o efeito da anestesia e não havia despertado completamente.
— Catarino, meu querido. — Karina se sentou ao lado da cama, segurando a mão de Catarino e enxugando as lágrimas que escorriam pelo canto dos olhos dele. — Está doendo, não é? Você está sofrendo, mas a irmã está aqui com você. Eu sempre estarei com você, Catarino, sempre.
Catarino piscou os olho