Assim que desligou, Ademir entrou no carro e dirigiu apressadamente rumo à estação de trem.
O trânsito estava um pouco congestionado, e sua ansiedade parecia consumir cada pedaço de sua paciência.
Quando finalmente chegou à estação, Ademir nem se deu ao trabalho de estacionar o carro direito. Saiu às pressas enquanto tentava ligar novamente para Karina.
Mas, dessa vez, ela não atendeu de imediato.
— Karina, atende logo!
Ademir estava visivelmente aflito.
Depois de um tempo, que pareceu uma eternidade, quando ele já estava prestes a desligar para tentar novamente, a ligação foi atendida.
— Alô? — Era Karina.
— Karina!
Ademir ficou tão aliviado que até sua respiração parecia descompassada:
— Onde você está? Pode sair um instante?
— O quê?
Karina ficou confusa. Sair? Ele estava pedindo para ela sair da estação de trem? Mas então ela explicou:
— Já estou no trem.
O trem para a Cidade H já havia partido.
Ao ouvir isso, Ademir ficou surpreso:
— Já saiu?
— Sim. — Karina estava cada vez mais i