No instante seguinte, Daniel levantou a mão e cobriu o rosto.
Um homem adulto e, ainda assim, começou a chorar.
— Malditos! Eles são todos malditos!
Ademir olhou para Daniel e se lembrou das palavras que ele havia dito, de seu desejo de voltar para a família Barbosa.
E daquela vez, quando Daniel foi ao túmulo da mãe para prestar homenagem...
Olhando para o rosto pálido de Daniel, uma dúvida que há muito o atormentava finalmente escapou de sua boca:
— O que aconteceu com o seu corpo?
— O quê? — Daniel afastou a mão do rosto. — Eu?
Com as lágrimas ainda marcando seu rosto, Daniel sorriu:
— Você percebeu? Estou morrendo. O Arthur e a Mônica fizeram coisas desumanas, e agora o castigo recaiu sobre mim.
Ademir desviou o olhar, se virou e começou a sair, visivelmente desconfortável.
Ele podia ir embora agora.
O advogado que Levi contratou já havia resolvido os documentos, e o motorista o esperava na porta.
Ao sair, porém, cruzou com alguém: era Arthur.
— Ademir!
Ade